quinta-feira, 4 de agosto de 2011

DIÁRIO DE DIREÇÃO - "Ignácio & Maria"


Peça: "Ignácio & Maria"
Autor: Nara Mansur
Elenco: Priscila Souza e Ricardo Goulart
Data: 03/08/2011
Início: 17h

Hoje recomeçamos os ensaios após uma breve pausa de férias.
O Gustavo fez um trabalho físico bastante interessante, que não vou me aprofundar porque talvez ele venha a compartilhar aqui com vocês.
Um interessante desafio que se descortina para nós dois é manter uma conexão de trabalho, isto é, não deve haver transição do que ele faz pro que eu farei, deve ser uma única coisa. O que o Gu propõe eu devo estar atento para resgatar e não deixar perder-se no momento seguinte, que ele deve sentir-se também a vontade para interferir.
Em seguida ao trabalho corporal, compartilhei com os atores duas perguntas, através dos jogos seguintes:
1. que espaço é este? 
2. que corpo é este?
Os jogos tinham relação com a criação de espaços para a ambientação de cada fala do primeiro bloco da cena 3. O início é sempre em transição, isto é, os atores têm o tempo necessário para ambientarem-se com o jogo, as regras e o contexto. Com as repetições, os corpos, vozes, tônus, texto, sentimentos, emoções vão ganhando fluência. Comparo os atores, quando do início de cada jogo, como bezerros que acabaram de nascer, os primeiros passos são vascilantes, experimentais, mas com a repetição eles pegam o jeito.
Por isso, as repetições são importantes para criar o aperfeiçoamento do trabalho e chegar-se a um resultado cada vez mais interessante.
Os dois fizeram tal tarefa, apesar de uma pequena confusão com as regras, feitas pelo Ricardo, que foi corrigido a tempo, mas não o suficiente para comprometer o seu exercício.
A segunda etapa desta atividade é buscar dar abstração às imagens e ações que materializaram os tais locais que criaram para ambientar cada uma de suas falas. Isto é, o que era um gesto de tomar café, por exemplo, servirá de inspiração para a criação de um movimento coreográfico de dança. Essa última etapa não foi realizada por falta de tempo, espero podermos retomá-la hoje.
No mais, conversamos sobre um segredo: uma proposta de encenação mais adequada à poética proposta por esta peça. A ver... não posso comunicar-lhes ainda.

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