terça-feira, 31 de maio de 2011

DIÁRIO DE DIREÇÃO - "Ignácio & Maria"

Peça: "Ignácio & Maria"
Autor: Nara Mansur
Elenco: Priscila Souza e Ricardo Goulart
Data: 30/05/2011
Início: 14h20min

Me atrasei, e não há desculpas para isso.
O ensaio foi curto mas produtivo. Tive a impressão de que isso é uma decorrência do último ensaio, onde criamos bastante. De fato, penso que essa peça era uma grande encruzilhada, mas esse elenco foi me mostrando caminhos e soluções extraordinárias, e aquilo que antes era uma incógnita, continua sendo, porém, não é algo desesperador, pois tenho confiança que no momento que compartilharmos nossos pontos de vista e começarmos a criar, chegaremos a ótimas soluções. Que é o que está acontecendo. Concluímos a cena 2, com excessão do longo monólogo da Maria, que será caneteado antes dela iniciar a memoriação/corpoirificação deste.

A princípio, dançamos... dançamos uma música que o Ricardo/Ignácio canta em cena e que me pareceu delicioso (porque também dancei) e o melhor é que se trata de uma música absolutamente brega! O que foi ótimo.

Antes porém, ouvimos a paisagem sonora idealizada pelos artistas. A Priscila trouxe apenas a primeira etapa, não entendi o porquê, mas estava muito interessante, com regravações da própria fala, o que é corajoso e desafiador até certo ponto, adicionando sons que beiravam do caos à significação mais intensa. Gostei muito dessa interferência consciente e artística dela.
O Ricardo mostrou sua paisagem tendo alterado apenas os trechos finais, o que ficou muito bom também. Ambas alternativas são muito boas e nos deram boas idéias quanto à materialidade do ambiente da cena a partir desta paisagem sonora.

Em seguida, começamos a criar a última parte da cena 2, chegando num resultado que já depende da inclusão de elementos me cena que os artistas possam explorá-los e relacionarem-se com eles, transformando-os em seus intercessores lúdicos e/ou imateriais.

Próxima segunda retomaremos a cena 2 do começo, criando uma partitura que pretende-se, seja aperfeiçoada com o tempo. 
Combinamos também que o Ricardo fará a paisagem sonora da cena 2, definitivamente, com os sons necessários aos espaços de cena utilizados.

Gostei muito da solução para o aborto em cena, mas não posso falar aqui qual foi.

Enfim, é isso.

DIÁRIO DE DIREÇÃO - "Ignácio & Maria"

Peça: "Ignácio & Maria"
Autor: Nara Mansur
Elenco: Priscila Souza e Ricardo Goulart
Data: 28/05/2011 (sábado)
Início: 10h às 13h

Hoje começamos a fazer afinações e definições nas criações dos atores sobre soluções para a cena 2.
Começamos com um aquecimento que a Paula Dias e o Claudinei Sevagnani estão fazendo numa disciplina que fazemos em conjunto, para ativar o corpo do Ricardo e da Priscila, haja vista que sendo um sábado, pela manhã, a tendência é cair na preguiça e não deixar o ensaio render.
Fizemos em seguida um "bunda pega-pega" para que os dois pudessem brincar um pouco, abrirem-se para o jogo e, eventualmente, melhorar o humor.
Posteriormente fomos para a cena, onde o elenco se posicionou como demarcado no ensaio anterior, e combinamos de a primeira passada na cena seria apenas para recobrar ritmos, imagens, relações e sons da peça; da segunda em diante, eu estaria em cena com eles, apontando elementos possíveis de se melhorar, isto é, corrigindo posturas, movimentos, entonações, etc, no momento em que ocorressem. Os atores não deveriam em hipótese alguma parar para me ouvir ou prestar atenção, tudo deveria ser feito concomitantemente às instruções sendo dadas, buscando portanto o máximo de concentração, a exemplo do que ocorre em cena, quando o público respira, fala, range, tosse, e os atores devem incorporar essas "instruções" da temperatura da platéia.
Assim fizemos, enquanto iamos repetindo e repetindo por diversas vezes a primeira parte da cena 1, íamos ganhando tempo com as intruções instantâneas (no momento que algo digno de nota/correção acontecia, eu entrava em jogo e os dava um feedback). As respostas me pareceram muito boas. Chegamos a um termo bastante razoável do que será a primeira etapa esta cena.
Em seguida criamos em conjunto a parte do sexo-coreografado, e confesso que me surpreenderam, pois me surgiu a idéia e em duas ou três repetições eles já tinham materializado-a com muita entrega. Acho que não direi qual solução foi adotada, mas posso dizer que a entrega deles deixou o resultado muito bom!
Não chegamos a completar a cena 2, com a última parte, deixaremos para segunda-feira.

Ao término dessa primeira etapa, posso resumir o que ocorreu da seguinte forma:
Pedi para que concluissem a paisagem sonora de ambos. Essa estratégia foi muito positiva, usei 3 intercessores basicamente. Apesar de todos serem tecnológicos, a princípio, só se completam na prática. O primeiro foi para escolherem uma imagem (pesquisada na internet mesmo... mesmo podendo ser de revistas), as quais representassem uma fala ou um trecho da cena. Isso lhes abriu a mente para a construção de uma partitura de movimentos a partir de um repertório imagético obtido. Paralelo a isso, trabalhavamos em cena com a incorporação do texto, enquanto enunciavam seus discursos sendo interrompidos, massageados, estimulados, agredidos, manipulados pelo parceiro, o que lhes forçou a acostumarem-se com o texto enquanto elemento corporal e não só cerebral. Por fim, usei um terceiro provocador (intercessores), o som! Pedi para criarem uma paisagem sonora da peça, antes eles gravaram suas vozes como se acena fosse uma novela de rádio, em seguida sobre esta matriz, adicionaram e editaram sons conforme visualizavam, ouviam ou pretendiam a cena. Isso lhes fez criar uma atmosfera de cena, e o mais extraordinário é que nos deu (a mim e ao parceiro) a idéia do que a pessoa em foco tinha em mente, acentuando diferenças (sempre salutares) e pontos em comum. Imagino que as próximas cenas levarão esses elementos em consideração e outros possíveis, mas talvez não usando as mesmas ferramentas.
Vejamos...
O saldo, até agora, me parece absolutamente animador.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

DIÁRIO DE DIREÇÃO - "Ignácio & Maria"

Peça: "Ignácio & Maria"
Autor: Nara Mansur
Elenco: Priscila Souza e Ricardo Goulart
Data: 23/05/2011
Início: 14h30min

Começamos o ensaio de hoje relativamente tarde por conta de problemas que não podem se repetir para uma equipe que se pretende séria, profissional e ética (lendo-se esta palavra como a característica daquele que reponde pelas próprias ações sem criar desculpas ou projetar nos outros suas próprias responsabilidades).

Fora isso, recomeçamos explorações corporais da cena 2. Passamos dos planos altos para o médio sentado, quando percebemos que o texto estava suficientemente incorporado nessa primeira fase, isto é, eles já conseguiam desenvolver várias ações enquanto enunciavam seus discursos.

Em seguida passamos para uma segunda etapa que foi deixá-los sentados em lados opostos, virados um para o outro e enunciarem seus textos como se estivesses diante de um analista, delegado, psico-terapeuta, juri, ou todos eles em momentos diferentes. Fomos trabalhando tanto o enunciar como o responder, reagir ao texto alheio. Esse procedimento foi repetindo-se pelo resto da tarde para que pudessem sentir e assimilar esta realidade totalmente diversa da anterior, mas deixando dentro de si o movimento que haviam adquirido antes, isto é, não é pelo fato de estarem sentados que estão "mortos", a mesma vivacidade, energia e fluxo deveriam estar ativos e agora internalizados.

Marcamos um ensaio para sábado. Na quinta faremos correções e melhoramentos nas paisagens sonoras que criaram, e incorporaremos as imagens da paisagem visual que propuseram aos movimentos reativos que explorarem durante o ensaio de sábado.

A coisa está interessantíssima.

Sobre o Ricardo 
Pontos positivos: estado de atenção muito bom, entrega total para o que se pede, portanto ótima disponibilidade. 
Coisas que ele pode melhorar: Acreditar mais nas imagens que proporciona e cria; investir mais em pequenas coisas, decorrência do ítem anterior; soltar-se (cada vez mais, de forma gradativa sem pensar que isso deva ocorrer totalmente de uma hora para a outra); seu ponto de equilíbrio também está levemente deslocado para o peito, fazendo com que seus movimentos comecem excessivamente pelo torax, braços. ombros e pescoço, deslocando para baixo, utilizará mais as pernas, bacia/cintura e ventre, melhorando seu próprio equilíbrio corporal.

Sobre a Priscila:
Pontos postivos: estado de disponibiliade (ela se entrega), presença cência (procura estar presente no exercício), corpo maravilhoso, necessitando pequenos ajustes de acabamento, economia, precisão e equilíbrio.
Coisas que ela pode melhorar: O estado de atenção ainda é um pouco (muito pouco) defasado em função de pequenos momentos de insegurança com o texto; explorar os detalhes, as vezes explorar o todo faz com que ela esgote suas possibilidades de movimentos muito rapidamente, e ao explorar o detalhe, perceberá outros detalhes e assim ao infinito.

Ambos precisam começar a definir questões de atuação para começarmos a definir a cena. O laboratório continua para as próximas cenas, mas essa já precisa ficar pronta.

até

DIÁRIO DO ATOR - Tobias Nunnes

Peça: "Canção de ninar para um anarquista"
Autor: Jorge Diaz
Ator: Tobias Nunnes
Data: 28/05

Na tentativa de registrar as últimas sensações: o que permanece a cada nova experiência, a cada novo permitir que o personagem se manifeste; a certeza das lapidações, do costume, da disposição, do combate, frente ao abismo que se abre. Jogar o corpo, esquecer-se enquanto ser por algumas horas, lembrar-se enquanto personagem.

O que o futuro reserva?
Enquanto as flores caem e declinam, o corpo amadurece.

Sinestesicamente:
Sentia o corpo não mais ali ao lado presente. A ausência lhe angustiava. Nos olhos o brilho das lágrimas e a sensação de que permanecerá único por todo o tempo, enquanto memória ainda reste.

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

DIÁRIO DO ATOR - Priscila Souza

Peça: "Ignacio&Maria"
Autor: Nara Mansur
Atriz: Priscila Souza
Data: 23/05/2011
Início: 14h30min

Cada um ficou responsável de trazer um áudio contendo as falas da cena 2 da peça, com músicas e efeitos sonoros à escolher. Cheguei atrasada, deixei para em cima da hora para fazer essa tarefa e até aprender a mexer direito no programa demorou, enfim me atrasei. Ouvimos nossos áudios. Adorei a versão do Ricardo, especialmente os sons do coração e o da máquina de medir batimentos cardíacos. Eu fiz três versões, mas menores. Os sons principais que utilizei foram: barulho de máquina de escrever, passos e som de psicose. 

Depois, repetimos a partitura dos movimentos criados no ensaio anterior. Repetimos, repetimos e repetimos e algo não se “encaixou”. Eu me senti estranha, desconfortável e desajeitada em fazer certos movimentos. Era uma improvisação total e nunca repetíamos igual a ação anterior. Até que Carlos propôs uma outra alternativa, cada um sentou em um cubo (feito de madeira que estavam disponíveis na sala de ensaio) virado para um lado da platéia (imaginamos que o publico sentaria em dois lados) e o inicio da cena 2 falaríamos como se estivéssemos em um tribunal, ou seja cada um defendendo a sua versão da história, porque na minha opinião nesta cena Inácio e Maria não se dialogam, mas cada um está no seu monólogo. Brinquei com as palavras: falar de trás pra frente, cantar, gaguejar, berrar, sussurrar, repetir e etc. Adorei essa experiência! Gosto de brincar com as palavras, fazê-las se tornarem estranhas e nojentas de serem ouvidas. Enquanto eu falava Ricardo se movimentava e vice e versa. Esse movimento era imediato e frenético ao som das palavras ditas, como se fosse uma descarga elétrica no ouvinte. Os movimentos foram evoluindo pouco a pouco, conforme adquiri intimidade com o cubo. Na primeira tentativa mexi mais o rosto e fiz caretas. Adorei mexer a língua. Em seguida usei mais o corpo, percebi que tenho iniciativa de movimentar as seguintes partes: cabeça, pernas, braços e mãos. Não necessariamente ao mesmo tempo. Me senti mais confortável, fazendo essas ações do que as criadas no ensaio anterior, porque Carlos foi mais presente como diretor. 

A intenção não é ser um trabalho colaborativo? Será que eu como atriz estou acomodada? Por que é tão difícil criar?

Na última repetição desse trabalho eu e Ricardo ficamos um de frente para o outro, não perto um do outro, mas eu conseguia vê-lo pela visão periférica. Essa sensação de ser observada por alguém que eu consiga ver, me gerou um constrangimento. Ser patética com alguém olhando e eu enxergar esta pessoa me afeta, me causa vergonha. Eu gosto do monstruoso, do nojento e do deplorável em cena. Aquilo que todos nós escondemos, camuflamos e mascaramos. Gosto de brincar com isso, mas ao mesmo tempo como perder esta inibição?

Quero dizer, falar o texto e me mexer naturalmente como falaria no dia-a-dia é fácil, agora modificar e tornar algo performático isso é difícil.

DIÁRIO DO ATOR - Ricardo Goulart

Peça: "Ignacio&Maria"
Autor: Nara Mansur
Ator: Ricardo Goulart
Data: 23/05/2011
Início: 14h30min

Neste ensaio continuamos trabalhando com as partituras que elaboramos a partir das imagens que buscamos para cada fala da cena 2. Mas antes de tudo, ouvimos as paisagens sonoras que Pri e eu fizemos para essa mesma cena (as falas foram gravadas em arquivo .mp3 que deveríamos editar, incluindo sons, efeitos, músicas, etc). O processo dessa composição foi um pouco complicado no início por causa da falta de habilidade com o programa de edição de áudio. No meio da edição é que consegui me familiarizar um pouco mais com o programa e aí a criatividade pôde fluir livremente. Coincidiu que à esta altura da cena está um trecho que tem o subtítulo "Poema coreográfico com feeling", que gosto muito e me transmite a ideia de caos, desordem. Fui procurando sons pela internet que condiziam com aquilo que eu imaginava desse trecho e fui adicionando ao arquivo. Acho que, com a edição, consegui deixar claro o que imagino desse trecho da cena.
Depois de ouvir os dois arquivos editados começamos a trabalhar com a repetição das partituras. Carlos pediu que reagíssemos a alguns estímulos, o que me desconcentrou um pouco, fazendo com que eu esquecesse alguns movimentos ou falas. Neste exercício a intensidade de minhas ações deveriam variar de acordo com a entonação de voz do parceiro. Mais tarde o exercício foi alterado e o que nos foi pedido é que deixássemos que as falas dos parceiros nos afetassem, como se reverberassem no corpo todo ou em alguma parte dele. Particularmente gostei muito do resultado desse último exercício e acho realmente que ele pode ser o rascunho de algo a ser levado à cena.
Na próxima quinta, aperfeiçoaremos a edição do áudio que fizemos. Carlos nos propôs um ensaio extra neste sábado (28/05) e, por mim, a proposta está aceita.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

DIÁRIO DO ATOR - Ricardo Goulart


Peça: "Ignacio&Maria"
Autor: Nara Mansur
Ator: Ricardo Goulart
Data: 16/05/2011
Início: 14h00min

Começamos o último ensaio com um alongamento. Cada um alongava o corpo do outro. Depois, jogamos pega-pega como aquecimento. Era um pega-pega diferente em que para mudar de posição (pegador/fugitivo) deveríamos pegar o parceiro pela bunda. As regras mudaram depois: continuava da mesma para pegar, mas o fugitivo deveria também bater na bunda do pegador o que aumentaria a quantidade de tapas necessários na bunda do outro para mudar de posição.


Depois de aquecidos, começamos a trabalhar com a partitura das imagens que havíamos levado no ensaio anterior. Apesar de já ter as partituras prontas e anotadas, demoramos um pouco para corporificá-las. Uma vez terminada essa fase de "transposição", começamos a trabalhar com a repetição e experimentação. Alguns movimentos que foram criados inicialmente deram impulsos pra outras ideias. Me senti um pouco desconfortável em alguns momentos, acho que uma boa ideia seria usarmos músicas enquanto trabalhamos com essas partituras. Apesar disso, com a repetição, fui me sentindo imerso na repetição dos movimentos, e perdi a noção de tempo.

domingo, 22 de maio de 2011

DIÁRIO DO ATOR - Priscila Souza

Peça: "Ignacio&Maria"
Autor: Nara Mansur
Atriz: Priscila Souza
Data: 16/05/2011
Início: 14h00min

Eu e o Ricardo criamos uma partitura de movimentos baseados em imagens escolhidas para a cena 2 e repetimos várias vezes as ações. Foi um laboratório, testar na prática o que explicamos no ensaio anterior. Consegui visualizar a “sombra” da cena 2, mas há muitos experimentos pela frente. Senti muita resistência de minha parte em testar e errar. Tenho receio de ser ridícula. Brinquei com uma palavra da fala de Maria e me senti assustadoramente tosca. Como perder essa necessidade de agradar em cena? Tentativas e erros são necessários, na teoria é lindo isso. Mas na prática quero ser perfeita, acertar desde primeira. E isso gera um bloqueio e uma acomodação de experimentação. No próximo ensaio quero me esforçar para arriscar mais, sem covardia de julgamentos.

sábado, 21 de maio de 2011

HORA DA PERFORMANCE - Pina Bausch

Pina Bausch (2006) 


Directed by Anne Linsel, Germany, 2006; 44m Before choreographer Pina Bausch and her Tanz-theater Wuppertal were known around the world, her new, unusual and original body language was ill-received. In the early days the audience (and most critics) were irritated and confused. Tumultuous scenes in the audience were not unusual. Pina Bausch speaks about the beginnings of the Tanztheater and the inescapable path she felt she had to follow. She talks about rehearsals, her pieces (more than 30 by now), her co-productionswith other cities and countries and being on tour. Some of her dancers, the set designer Peter Pabst and the costume designer Marion Cito, all of whom have been with Pina Bausch for decades, talk about working with her. Shot in Venice at the Teatro Fenice, in Lisbon and Brussels, and in Wuppertal with the support of WDR Cologne, and Arte France

sexta-feira, 20 de maio de 2011

HORA DA PERFORMANCE - Banksy

The Punking of Paris Hilton 2006




Hundreds of Paris Hilton albums have been tampered with in the latest stunt by "guerrilla artist" Banksy. Banksy has replaced Hilton's CD with his own remixes and given them titles such as Why am I Famous?, What Have I Done? and What Am I For? He has also changed pictures of her on the CD sleeve to show the US socialite topless and with a dog's head. A spokeswoman for Banksy said he had doctored 500 copies of her debut album Paris in 48 record shops across the UK. She told the BBC News website: "He switched the CDs in store, so he took the old ones out and put his version in."

quinta-feira, 19 de maio de 2011

HORA DA PERFORMANCE - Joseph Beuys

Filz TV (1970)









As a contribution to Gerry Schum's 'Identifications', Beuys adapted for television the 'Felt TV' action previously staged for a live audience at a Happening festival in Copenhagen in 1966. It was the only Beuys action executed specifically for the camera. It opens with Beuys seated in front of a TV set showing a programme which is invisible because the screen is covered by felt. The boxing-gloves used later in the action lie at the ready beneath his chair." 


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This title is available for exhibitions, screenings, and institutional use through Electronic Arts Intermix (EAI), NY. Please visit the EAI Online Catalogue for further information about this artist and work. The EAI site offers extensive resources for curators, students, artists and educators, including: an in-depth guide to exhibiting, collecting, and preserving media art; A Kinetic History: The EAI Archives Online, a collection of essays, primary documents, and media charting EAI's 40-year history and the early years of the emergent video art scene; and expanded contextual and educational materials. 






quarta-feira, 18 de maio de 2011

HORA DA PERFORMANCE - Meredith Monk


4 American Composers (1983)




Directed by Peter Greenaway


Robert Ashley
John Cage
Philip Glass
Peter Gordon .... Himself (segment "Ashley")
Jack Kripl .... Intereviewee
Jill Kroesen .... (segment "Ashley")
Meredith Monk
Kurt Munkacsi .... Interviewee
Dora Ohrenstein .... Interviewee
Michael Riesman .... Interviewee
'Blue' Gene Tyranny .... The World's Greatest Piano Player (segment "Ashley")
David Van Tieghem .... The Captain of the Football Team (segment Ashley)


Runtime: 220 min
Country: UK
Language: English
Color: Color


Produced by
Revel Guest .... producer

Original Music by
Robert Ashley
Philip Glass
Meredith Monk


Non-Original Music by John Cage

Cinematography by Curtis Clark

Film Editing by John Wilson
Michael Nyman .... musical advisor

HORA DO RECREIO - O maior discurso do Brasil


Este assunto não tem relação direta com a nossa companhia teatral, mas o L.A. CHAMA não se omite à calamidade que é a educação brasileira e luta junto com os professores do Brasil.

Somos solidários aos sofridos, mal pagos e mal reconhecidos professores do Brasil.

Educação, para que se tenha cultura e saúde!

terça-feira, 17 de maio de 2011

DIÁRIO DE DIREÇÃO - "Ignácio & Maria"

Peça: "Ignácio & Maria"
Autor: Nara Mansur
Elenco: Priscila Souza e Ricardo Goulart
Data: 16/05/2011
Início: 14h00min



Hoje fizemos um alongamento breve.
Depois um relaxamento no tempo adequado, determinado pelos próprios artistas.
Em seguida, um aquecimento lúdico, isto é, fizemos uma brincadeira para aquecer os corpos e ativar o estado de atenção e de disponibilidade. E confesso que me surpreendi, o Ricardo estava maravilhoso, para os padrões menos extrovertidos dele.
Após esse breve jogo, buscamos a corpoirificação experimental das partituras criadas, eles passaram o resto da tarde materializando esses movimentos; de forma ainda mecânica, sem acréscimo de jogos, sem explorarem a ficção e a quebra da mesma para alimentar e significar com mais intensidade a partitura criada. Mas com o tempo foram aperfeiçoando. Quando deu 18h15min, e estava ficando interessante, começando aparecer essas brincadeiras, foi que o jogo acabou.
Enfim, buscamos o aperfeiçoamento, interpretação, desmecanização, significação e fluência dessas partituras no texto, nos diálogos e vice-versa (influência dos diálogos também nos movimentos.)
Conversamos um pouco sobre os fluxos de processo, isto é, sobre o que faríamos na próxima segunda e nas adiantes, para poder terem uma visão crítica e objetiva sobre o que podemos produzir ou estimular com isso.


Foi só, para a próxima segunda-feira, solicitei uma paisagem sonora da cena.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

DIÁRIO DE DIREÇÃO - "Ignácio & Maria"


Peça: "Ignácio & Maria"

Autor: Nara Mansur
Elenco: Priscila Souza e Ricardo Goulart
Data: 09/05/2011
Início: 14h00min


Esqueci a máquina fotográfica e fiquei sem registros, por hoje.
Retomamos alguns elementos do ensaio passado. Inicialmente fizemos a massagem com exposição textual; para que eles relaxassem e começassem a expressar o texto cada vez mais confortavelmente. 
Em seguida, fizemos a primeira massagem com exposição textual juntamente com as imagens que eles pesquisaram para cada fala. O objetivo é simples: "começar" a associar de fato as imagens que pesquisaram com as falas, isto é, criar uma conexão entre essas fotos e suas falas. Isso, porque, dependendo da seriedade com que levaram esse exercício, essa pesquisa, talvez não tenham feito qualquer conexão mais profunda, de modo que o exercício seguinte fica comprometido. O ideal seria, que quando vissem uma imagem (mesmo fora de ordem), automativamente a relacionassem com uma certa linha do texto e este viesse espontaneamente. Quando faltam imagens ou não estão suficientemente bem escolhidas, eles mesmo percebem a falta de nível semântico e correlação com o texto.
Depois, solicitei a eles que construissem uma partitura de movimentos a partir do conjunto de imagens obtidas pelos dois, e nesse caso, a ausência de imagens é problemática num primeiro momento, para posterior fusão materializarem no corpo. Por que isso? Agora que, em tese, as imagens foram internalizadas e associadas com o texto, que sejam corpoirificadas e expressadas.
Ao que parece, ambos criaram essa partitura, mas não tivemos tempo hábil para materializá-los, o faremos no próximo ensaio.
Também para o próximo ensaio teremos um exercício: cada ator construirá uma paisagem sonora para a cena 2, que foi gravada e enviada em mp3 para eles. É como se eles criassem uma "novela de rádio" em cima da gravação desta cena, criando os efeitos sonoros que acharem adequado.

Essa camada de ensaios tem por objetivo único e simples, verticalizar o nível de entendimento deles sobre o próprio texto. A medida que eu tenho que pesquisar uma foto relacionada às minhas falas, é preciso que eu dê um significado à estas falas e um outro para as fotos, a começar pelas palavras chaves que irei procurá-las seja em que site de busca que use.
Depois, a escolha de uma imagem que expresse o que sinto ou quero dizer - mesmo que seja NUM PRIMEIRO MOMENTO, podendo mudar - com relação ao texto, por si só, já aumenta o meu conhecimento sobre o texto e cria em mim uma imagem associada aquela linha, ou seja, começa a me dar uma leve idéia de como dizer corporalmente aquela fala (materializar/corpoirificar o texto).

Esse ensaio foi o primeiro que conscientemente tentei catalogar alguns níveis de intercessores (a idéia dos intercessores está melhor explicada no link "Do Processo", acima), não quero definir nada para não correr o risco de deixar algo de fora, e tampouco conversei com o meu orientador (Rodrigo Garcez) a respeito, portanto o que está abaixo ainda está um pouco cru, mas já dá a idéia do que estamos falando e usando.

Portanto, podemos catalogar os Intercessores em:
- Materiais;
  - Animado
        * Humano (presente ou ausente)
        * Inumano
  - Inanimado
        * Objetos
        * Espaços
- Imateriais;
  - Lúdicos (jogos cênicos)
  - Emocionais (emoções ou paixões)
  - Intelectuais (planejamentos, elementos intelectuais, poesias, pesquisas, etc)
  - Tecnológicos (softwares, internet, etc)

Os intercessores não se apresentam isoladamente, geralmente estão correlacionados (uma pessoa, num espaço, com objetos, etc).
Percebam, inicialmente criaram um mapa de movimentos, agora uma paisagem sonora. O objetivo final é que tenham um filme com cada vez mais "alta resolução" dessa peça na sua mente e no seu corpo. A tecnologia é o nosso grande intercessor aqui.

domingo, 15 de maio de 2011

DIÁRIO DO ATOR - Ricardo Goulart


Peça: "Ignacio&Maria"
Autor: Nara Mansur
Ator: Ricardo Goulart
Data: 09/05/2011
Início: 14h00min


Continuamos trabalhando com o texto, mais especificamente com a cena 2, no último ensaio. Iniciamos recebendo uma massagem pelo corpo inteiro enquanto falávamos o texto dessa cena. Problema que desapareceu com a repetição foi a dificuldade de lembrar o texto sozinho, sem as falas do parceiro. Me senti um pouco "travado" no início porque tinha que parar pra lembrar qual seria a próxima fala. Com o relaxamento proporcionado pela massagem, o texto passou a fluir naturalmente, quase que de forma inconsciente, por mais que algumas falas acabassem sendo esquecidas.
Num segundo momento, observávamos projetadas na parede as fotos que levamos para cada fala enquanto elas eram pronunciadas. Não entendi o intuito desse exercício, talvez fosse estreitar a relação entre as fotos e falas, mas acabou ajudando também para fixar mais o texto, já que tínhamos uma imagem relacionada a cada fala.
Após isso, conversamos sobre as fotos que levamos, explicando o que nos motivou a escolha de cada uma delas e elaboramos partituras de movimentação para cada fala, a partir dessas imagens, que serão experimentadas no próximo ensaio.

DIÁRIO DO ATOR - Priscila Souza

Peça: "Ignacio&Maria"
Autor: Nara Mansur
Atriz: Priscila Souza
Data: 09/05/2011
Início: 14h00min

Segundo ensaio que trabalhamos com o texto da cena 2.
O primeiro exercício foi falar o texto enquanto o outro fazia massagem, neste me senti super confortável. No ensaio passado já havíamos realizado este exercício e como um já conhece o outro, não vi grande resistência em fazer massagem no Ricardo. Quando trocamos de lugar a massagem oferecida provocou um maior relaxamento, assim as minhas falas saíram mais naturalmente. No início com a tensão e a preocupação de lembrar as falas e não errar, demorei para desbloquear, mas passado alguns minutos relaxei.
Atento para algumas expressões de Maria que não consigo falar igual, ou eu uso outras palavras ou não falo.
O segundo exercício foi realizado na posição deitada. Continuamos a falar o texto, mas desta vez falávamos simultaneamente enquanto olhávamos as fotos relacionadas a cada fala do personagem. Cada um na sua vez e lembro que eu escolhi as fotos das falas da minha personagem e o Ricardo fez o mesmo com as falas dele.
Terceiro exercício era justificar para o parceiro o motivo da escolha das imagens. E em seguida criar junto com o outro uma seqüência de movimentos para a cena 2 partindo das fotos selecionadas.
Tive dificuldades em explicar minhas preferências. Haviam falas com mais de uma imagem e falas sem nenhuma e fotos representando toda a cena. A falta de organização dificultou a explicação. E o fato de ter que justificar já me deixou apreensiva, prefiro fazer do que falar.
Depois das explicações de cada um criamos a seqüência dos movimentos. No começo foi custoso imaginar a cena, mas à medida que fomos falando pude visualizar melhor as ações e consegui opinar. Crio melhor improvisando direto (o estimulo vem do corpo) do que pensar sobre e depois fazer.

sábado, 7 de maio de 2011

DIÁRIO DE DIREÇÃO - "Ignácio & Maria"

Peça: "Ignácio & Maria"
Autor: Nara Mansur
Elenco: Priscila Souza e Ricardo Goulart
Data: 02/05/2011
Início: 14h10min

Começamos o ensaio de hoje com alguns objetivos pré-determinados, o que não é exatamente uma premissa daquilo que procuramos com um "teatro colaborativo". Isto é, quando o "diretor" sai de casa em busca de um resultado específico, o processo está muito mais para o "induzido" que para o "colaborativo". Contudo, não consigo enxergar um processo "puramente" colaborativo, tampouco induzido, cada um dá e pede alguma coisa no jogo. Enfim, hoje, a parte indutória teve sua importância, pois eu queria trabalhar a corpoirificação/incorporação do texto pelos atores para que, em se absorvendo o texto, eles não o carreguem mais como um peso e tenham "espaço" mental e corporal para brincar... com o quê? Com tudo, inclusive e sobretudo o próprio texto.
Portanto, vendo o processo como uma sucessão de acontecimentos com fins em longo prazo, me dei ao direito desta manobra por hoje, e talvez mais algumas semanas até que Priscila e Ricardo estejam confortáveis com o texto e a vontade para brincar com ele.
Hoje esqueci a câmera fotográfica em casa, portanto não há registros visuais de espécie alguma para compartilhar com vocês. Por isso, vou tentar ser o mais descritivo possível.
Iniciamos o ensaio com uma massagem, porém o massageado tinha que dar o texto enquanto era massageado; objetivo? Que eles fossem relaxando fisicamente enquanto pudessem "vocalizar" o texto, e serem tomados pela agradável entrega física. Sinto, quando estou atuando, que os primeiros manuseios do texto são cercados de dúvidas sobre como "entoar", como "pronunciar", ou mesmo qual sentido imprimir numa linha qualquer. O que eu busquei nesse primeiro momento foi iniciar um processo de "des-solenizar" o texto, ele não é algo tão importante e solene neste primeiro momento para que eles se preocupem tanto em como dar-lhe "vida". Estão só no começo, e já é bom começar a desacralizá-lo, ou por outra, profaná-lo. Mas como pedir isso, sem pedir isso diretamente? Brincando, relaxando, experimentando.
Por tudo isso, o Ricardo ia massageando a Priscila enquanto ela evocava o texto da sua memória e o vocalizava sem preocupar-se num primeiro momento em dar-lhe forma fiel ao escrito pelo autor, ela apenas tinha que ir entregando o corpo ao relaxamento promovido pelo Ricardo e entregando o texto ao corpo relaxado. No fundo, eu queria que o relaxamento físico "contaminasse" o estado psico-emocional deles e reverberasse no texto em enunciação. Nada de pressão, nada de criar eventuais bloqueios. 
O exercício continua pelo tempo que se julgar necessário, deixei a Priscila repetindo umas 3vezes a cena 2, em seguida ela foi a massageadora e o Ricardo quem dava as falas. Não havia neste primeiro momento, contato verbal, isto é, diálogo. Ambos, quando massageados, davam as falas como se estivessem falando sozinhos.
Posteriormente a este exercício, voltamos a massagem, sendo que agora, após alguns minutos sendo massageada e enunciando a mesma cena, a Priscila começava a ter seu corpo manipulado e conduzido através do espaço pelo Ricardo. Ele deveria massageá-la tempo o suficiente (eu determinava este tempo pela observação, para que ele não se deixasse dominar pela ansiedade) e então ele começava a conduzí-la e manipulá-la na sala enquanto ela continuava a enunciar o seu texto. Começamos a adicionar elementos ao texto, movimentos não programados por ela (mas pelo manipulador/condutor) para que o corpo se entregasse cada vez mais e perdendo cada vez mais as resistências emocionais/musculares. O mesmo processo se repetia com o Ricardo. É importante dizer que sempre havia uma musica em baixo volume, algo tranquilizante, mas não o suficiente pra causar torpor.
Na sequência deste exercício, a massagem continuava, sendo que agora, o massageador também poderia causar estímulos mais fortes no massageado enquanto este enunciava seu texto. Esse estímulo poderia ser cócegas, dor, carinho, etc. E o massageado era, portanto, estimulado a deixar essas sensações reverberar na sua fala. Exemplo, se num determinado treicho, o Ricardo fizesse cócegas, a Priscila era estimulada a rir/gargalhar enquanto falava seu texto.
Por fim, pedi que colassem olhos nos olhos e começassem o primeiro diálogo entre eles, não foi muito produtivo pois, apesar do corpo e mente relaxados, o texto ainda não estava totalmente seguro. Este processo dura em torno de 1 mês.

Pedi, como dever de casa, que ambos tragam para o próximo encontro, músicas de sexo, isto é, sons ou músicas que lhes transmita algo sexual, seja relacionamento sexual, seja sensualidade.

Esse vídeo a Priscila me mandou, achei lindo e compartilho com vocês:
Na próxima segunda-feira, vamos dar continuidade a este processo e começar a trabalhar com as fotos que eu pedi para que trouxessem. Fotos escolhidas a partir das falas da cena 2. Qual objetivo disso? Que eles dêem significado a essas falas, que elas sejam uma construção deles e não apenas uma vocalização deles. Na realidade, a cena 2 já está construída no plano das idéias, a partir de idéias sugeridas por eles mesmos, só que não basta "mecanizar" as falas, eles precisam significá-las ou resignificá-las conforme suas experiências, sensos estéticos e expectativas artísticas.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

DIÁRIO DO ATOR - Ricardo Goulart

Peça: "Ignacio&Maria"

Autor: Nara Mansur
Ator: Ricardo Goulart
Data: 02/05/2011
Início: 14h10min

Depois de uma semana de “folga” para decorarmos e trazermos fotos para cada uma das falas da cena dois, tivemos o primeiro ensaio onde fizemos uso do texto durante os exercícios. No primeiro deles, deveríamos falar trechos aleatórios da cena decorada, enquanto recebíamos massagem do parceiro para que o corpo relaxasse.
No segundo exercício continuávamos dando algumas falas aleatórias enquanto nosso corpo era guiado e manipulado pelo parceiro. No terceiro, ainda usando o texo, recebíamos estímulos/sensações do parceiro em várias partes do corpo que depois foram concentrados em um só membro. Esses estímulos deveriam ser tanto agradáveis quanto desagradáveis. Achei curioso como as sensações desagradáveis causavam uma reação maior durante a pronúncia do texto.
Por fim, trabalhamos apenas o texto olhando um nos olhos do outro.
Por mais que seja característica de nosso trabalho não centralizar no texto o processo de criação e por mais que os resultados finais não dependam só dele, acho importante esse tipo de exercício. Pude perceber, no último ensaio, eles ajudam a conferir uma maior organicidade ao que está sendo falado. Começamos, então, a explorar uma relação texto-jogo.

DIÁRIO DO ATOR - Priscila Souza

Peça: "Ignacio&Maria"
Autor: Nara Mansur
Atriz: Priscila Souza
Data: 02/05/2011
Início: 14h10min



Hoje, foi o primeiro ensaio que pude sentir a Maria. Decoramos a cena 2. Os exercícios resumiram-se em um dizer as falas do seu personagem e o outro provocar sensações corporais (massagem, locomoção, dor e etc.) no parceiro.
Eu tenho certo bloqueio com relação ao texto. Porque sempre tive a impressão de ficar super preocupada em não errar as falas que esquecia o corpo. Mas neste projeto, não damos total ênfase no texto e sim no “jogo” criado pelos atores. Que neste caso, o “jogo” criado por mim e o Ricardo.
Eu senti prazer em falar o texto de Maria na cena 2. Não foi mecânico, me imaginei Maria. Experimentei. As palavras estavam vivas.

Isso quer dizer que não depender do texto é um erro?

Não, pelo contrário, a liberdade de criar sem depender dele, que traz essa possibilidade de ser verdadeiro. Maria sou eu e eu sou Maria. São frases dela e são frases minhas. Para isso acontecer, só quando se tem intimidade com o texto. Em outras palavras incorporar as falas. Mas hoje foi somente o primeiro passo. Temos uma escadaria para subir.

Vamos ver o que acontece daqui pra frente.
Sinto cheiro de novidades e criatividade no ar.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ANIVER DO DIA - GUGA

Hoje é o aniversário do nosso amigo, artista, camarada, enfim, querido amigo Gustavo Bieberbach!



De Ensaio - A terceira parte do Mar

Feliz Aniversário Guga,

É o que desejamos todos do L.A. CHAMA!